terça-feira, 17 de setembro de 2013

Mais da defesa aérea !


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O artigo abaixo foi extraído do blog do jornalista “Mauro Santayana” (e é ao seu blog que ele se refere no texto). Ele não reflete, necessariamente, a opinião do blog do Poder Aéreo.
-
vinheta-opiniao-aereoOs pilotos da FAB, que majoritariamente prefeririam a compra de jatos russos Sukhoi-35, no lugar de caças norte-americanos F/A 18E (ver comentários em outras matérias sobre defesa neste blog), devem estar com suas esperanças renovadas, em razão da espionagem direta da NSA (agência nacional de segurança) norte-americana sobre a Presidente Dilma Roussef e outros membros do governo brasileiro. As denúncias praticamente sepultam as chances da Boeing vencer a licitação do Programa F-X2.
O Brasil não foi apenas mais um país entre os muitos espionados pelos EUA, mas o país estrangeiro mais espionado pelos EUA.
Os norte-americanos nos consideram não apenas um adversário potencial, mas – como criador dos BRICS e terceiro credor dos EUA – o seu pior inimigo, a nação mais perigosa do mundo, no contexto geopolítico.
Se os Estados Unidos são capazes, do ponto de vista moral, de espionar até o email dos outros, como o mais vulgar fofoqueiro de escritório ou hacker ladrão de senha de banco e de cartão de crédito, imagine-se o que não fariam com os códigos-fonte dos novos caças brasileiros, e o que não fazem, por meio das empresas (próprias e originárias de outros países da OTAN), que trabalham na indústria de “brasileira” de defesa.
A nova motorização (*) e aviônica dos caças AMX – os primeiros exemplares modernizados foram entregues pela Embraer à FAB essa semana – mostram que, se quisermos, poderemos fabricar aqui mesmo, a partir desse vetor subsônico, aviões intermediários para cuidar da defesa de nossas fronteiras.
Quanto à compra de caças-bombardeios de primeira linha, a aproximação com os russos, com a aquisição dos Sukhoi-35 como fator de dissuasão, nos permitiria entrar de pleno como sócios em bases iguais – com garantia de desenvolvimento e transferência de tecnologia – no Projeto do PAK FA T50, o caça multipropósito de quinta geração que está sendo construído em conjunto por russos e indianos no âmbito dos BRICS.
O PAK-FA está sendo desenvolvido justamente para substituir o Sukhoi SU-35 (sua tecnologia os russos já asseguraram ao Brasil em caso de compra), como o principal caça russo para a primeira metade do século XXI. É um caça-bombardeio polivalente de incrível manobrabilidade (ver vídeo), com um alcance de 5.000 quilômetros, e carga de 10 toneladas de armas.
Enquanto os EUA fazem o que querem com as nossas telecomunicações – criminosamente desnacionalizadas no Governo Fernando Henrique, a ponto de entregar até os BrasilSATs para os mexicanos – a Embraer se aproxima perigosamente da Boeing, em projetos como o do novo transporte militar KC-390, originalmente projetado no Brasil, e concebido inicialmente como um avião regional, sem participação norte-americana.
Considerações de mercado não podem sobrepor-se a interesses estratégicos nacionais, principalmente quando se trata de “sócios” com a credibilidade e caráter de nossos vizinhos do norte.
(*) NOTA DO EDITOR: a modernização do AMX não incluiu a motorização da aeronave, e isso já foi largamente divulgado e comentado aqui no blog do Poder Aéreo.


Leia mais (Read More): Os AMX, os Sukhoi e os EUA | Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil 


Agora Opinando:

Há algum tempo, comentei sobre essa situação da nossa defesa aérea e a bagunça que o governo sem a menor condição de negociar a nível internacional um contrato de enorme envergadura e importância.
Diante da atropelada que o governo americano levou no escândalo do vazamento de informações da NSA, isso colocou uma pá de cal sobre as pretensões americanas nesse contrato, e já que os outros concorrentes, a França e a Suécia, estão sem condições técnicas para concorrerem de igual para igual, pois o preço francês está acima e o sueco ainda é apenas um projeto, a Boeing ainda permanecia na ponta, mas depois desse tropeço, foi para o espaço literalmente.
Nesse caso, os russos com várias situações favoráveis, como a participação no grupo dos BRICS, e o desenvolvimento do projeto PAK-FA 50, junto com a India, torna os russos como franco-favoritos nessa corrida.
Todas as condições foram colocadas de forma a serem beneficiadas, inclusive com a necessária transferência de tecnologia. Fato que era dificultado pelos americanos, como em todos os pacotes de armamentos que são vendidos mundo a fora.
Em seguida publico outro artigo sobre essa situação !
      

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